Ao ler meus versos impuros
Tua face enrubesceu:
O poeta enlouqueceu
Com tanta imoralidade!
Foi-se embora o pudor
E pra falar a verdade
Já não faz versos de amor!
Ao ler meus versos impuros
Com sentimentos tão puros
Tua face enrubesceu
Ao ler meus versos impuros
Te iraste doce donzela:
Mas que poesia era aquela?
O poeta enlouqueceu?...
Não tinha mesmo futuro...
Dou à moça que enrubesceu
Ao ler, meus versos impuros!