
À MUSA DOS MEUS VERSOS PROIBIDOS

Mas faltou-me palavras e emoção...
O que dizer de uma obra de arte
Que é cheia de ternura e sedução?
Seria pura redundância, destarte,
Chamar-te fêmea... fúria... furacão!
Pois tens nos lábios o rubor de marte
E o doce veneno do escorpião!
Então te chamo simplesmente Amada,
Madona dos meus sonhos incontidos...
No seio impuro da jovem madrugada
Tu és os meus desejos reprimidos.
És quem eu busco na noite enluarada,
A musa dos meus versos proibidos!